É uma integral trabalhosa, como muitas outras que você vai encontrar:
Vou lhe mostrar na próxima figura o domínio de integração. Analise as regras;
Esta figura estava errada! Corrigida!
Fiz as contas e me parece que não há erros, (havia, corrigi). Testei o resultado de duas formas diferentes:
Os resultados cairam numa pequena discrepância, na terceira casa depois da vírgula. Mas verifique minhas contas, se houver erros, quem encontrá-los, ganhará um ponto para a nota da lista 06. É uma regra em ciência, não aceite as contas de ninguém, sempre verifique.
Tenho que calcular quatro integrais para terminar o cálculo da integral de Iy.
e multiplicar o resultado pelas constantes indicadas. São integrais em que há que aplicar novamente a regra de integração por partes o que já foi feito na equação (4) aqui acima, e as calculei usando o programa riemannn.calc que se encontra aqui entre os programas de apoio ao Cálculo I.
Desta forma obtive o resultado0.000001
. exer06_01.calc
a que faço referência mais abaixo.
exer06_01.calc
Este programa já se encontra na página, no link "programas", eu ainda devo alterá-lo, mas ele já está funcionando.
Rodei o programa assim:
tarcisio@cap01:~/multi$ time(calc < exer06_01.calc)
usando um programa que costuma estar instalado nos sistemas unix
time()
que calcula o tempo de processamento de um programa.
Neste caso o programa rodou em 0 minutos, 33.899 segundos, consumindo 0 minutos e 33.878 segundos do meu tempo de processamento no sistema, mas representando apenas 0 minutos, 0.008 segundos de processamento real no sistema.
Voltei a rodar o programa com um passo menor e obtive
Com 65 minutos e 48 segundos se processamento obtendo um resultado mais próximo que o obtido acima com os cálculos quase todos feitos à mão...
Isto são detalhes, curiosidades técnicas, para tornar divertida a página! o que nos interessa mesmo é que o programa calculou a integral com razoável aproximação em cerca de meio minuto do meu ponto de vista, eu que estou esperando o resultado.
Gastei cerca de uma hora para "planejar" o
cálculo final da integral que vou apresentar em aula junto com @s alun@s para
servir de exemplo e também porque quero lhes passar duas idéias importantes:
Nesta questão estou usando a integral de uma função univariada, a Gaussiana, como motivação. A Gaussiana,
como é chamada a função exp(- x**2) é muito usada em cálculos probabilísticos ligados ás ciências Físico-químico-biológicas. Com muita frequência nas questões ligadas á Biologia, portanto é importante saber que esta integral existe na reta inteira. Simplesmente não sabemos calculá-la formalmente.
Mas podemos provar que a integral existe e consequentemente podemos calculá-la com programas de computador.
É interessante que podemos calcular facilmente a integral dupla e neste caso ela é uma integral com variáveis separáveis: exp(-x**2 - y**2) = exp(-x**2)exp(-y**2) o que dá a expressão do quadrado no item (e) permitindo que finalmente calculemos a integral da Gaussiana na reta inteira.
A Gaussiana é uma motivação para uso do mudança de variáveis que iniciamos na lista 05 - a passagem para coordenadas polares na integral.
Eu vou começar a aula de segunda-feira revendo esta questão das coordenadas polares que ficou mal feita na aula passada, inclusive porque me enrolei nos cálculos no final da aula.
A mudança de coordenadas (chamada de mudança de variável) pode ser apresentada como uma "modulação" ou como uma "troca de código". Dentro do "espirito capitalista" que pervade a ciência, a codificação tem um significado perverso de esconder os dados. Eu não tenho esta preocupação de esconder as informações, o meu objetivo é outro. Ao mudar o código podemos cair num processo mais simples ou simplesmente encontrar condições adequadas para transferir dados (informações). O cálculo da integral da Gaussiana nos mostra um exemplo neste sentido. O objetivo aqui é compreender a "troca de coordenadas" (mudança de variável) onde aparece a regra da cadéia no caso multivariado: é o papel do determinante da jacobiana da transformação T.
O objetivo na última lista é compreender como calcular integrais quando o domínio tiver uma fronteira curvilínea (uma curva que não é reta - porque uma reta também é uma curva). Este também foi o objetivo da primeira questão, apenas agora estou usando o volume da pirâmide como motivação. Nós sabemos que o volume da pirâmide é (Bh)/3 - um terço do produto da medida da base pela medida da altura. Quem não souber vai ficar sabendo agora.
Como o resultado é este então o resultado final valida os cálculos, eu já fiz isto com o volume da esfera para justificar que o programa que eu apresentei teria sentido.